quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Formiguinhas de Cristo


E agora? Hoje, que dia é hoje? Quem sou eu hoje? Será que amanhã eu serei o mesmo de hoje? Quanta duvida. Não sei se devo viver o hoje, o amanhã ou o ontem. Cada um diferente do outro. Não sei quem é o melhor ou o mais correto. Viver pensando em quem eu quero ser, em quem eu devo ser, ou em quem eu serei? Como responder a essas perguntas? Eu nem sei aonde estou!

Hoje acordei querendo voltar a dormir, levantei querendo voltar a deitar e sentei no sofá querendo voltar pra cama. Que esquisito é viver assim. Um dia estava em um retiro com a igreja, acordei bem não queria voltar a dormir. Nessa hora lembrei que as pessoas estavam em baixo da árvore orando, e que elas haviam marcado de se encontrar lá às 6 da manhã. Pensei que havia perdido, não havia imaginado que ainda eram 6 horas. Pois é, quando olhei no relógio do celular era exatamente isso. Levantei escovei os dentes e fui, não quis chegar perto, fiquei com vergonha de chegar atrasado. Sentei na escada que era em frente à árvore. As pessoas estavam orando, foi maravilhoso presenciar isso, mais não é sobre isso que quero falar.

Enquanto as pessoas oravam à hora passava e uma criança e sua mãe também acordaram, sentaram ao meu lado. Essa criança viu varias formiguinhas andando em fileiras, uma levando coisas nas costas e outras não. Essa menina perguntou pra mãe, “Mãe, posso matar as formiguinhas?” a mãe disse, “não elas estão trabalhando.” A menina ficou algum tempo olhando, e ai voltou e perguntou, “então eu posso matar as que não estão trabalhando?”, a mãe riu não sabia o que dizer.

Quem nós queremos ser? O que nós queremos ser? Eu às vezes me pego acordando e não querendo levantar, mais tenho, e ai levanto como essas formiguinhas que não estão trabalhando, ando e nada faço. Se isso acontecer durante vários dias seguidos eu fico mal, me sinto a pior das formiguinhas, e ai sim, nesse meio, tempo pode vir uma pessoa, maior que eu, e pisa em mim.

Você já reparou, que às vezes, quando pisamos em uma formiguinha ela nem sempre morre? Já reparou que pra matar a formiga nós devemos esfregar o pé em cima dela? Pois é, por isso que nem sempre quando pisam na gente nós morremos. Podemos parar, nos machucar, pensar que tudo está acabado, mas vai chegar uma hora em que, assim como as formiguinhas, nós vamos voltar a andar e ai chegaremos salvos em nosso objetivo. “Com pulos de alegria e brados de vitória eu vou seguir a Jesus”, só com ele nós conseguimos que esses pés que pisam na gente não nos matem. Jesus nos da roupas e escudos para nos proteger. E nunca se esqueçam que “Com lágrimas semeamos e com Júbilo ceifaremos.” Ou seja quem planta chorando colhe sorrindo.

Marcelo Pires
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2009

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